Centro Psicoterapêutico Especializado!
12/05/2012
22/02/2012
Uso, Abuso e Dependência Química!
Uso, abuso e dependência
Embora existam diversas conceituações para a dependência química, todas revelam que a dependência é considerada uma relação alterada entre o indivíduo e seu modo de consumir determinada substância. A dependência química é uma doença crônica e recorrente e se apresenta sob duas formas: dependência física e psicológica da substância e é caracterizada por comportamentos impulsivos e recorrentes para obter-se sensação de prazer aliviando sensações desconfortáveis como tensões, medos e ansiedades.Sabemos que o uso, abuso e dependência das substâncias psicoativas torna-se uma preocupação cada vez maior por parte da sociedade de órgãos públicos e privados de saúde. Fatores ligados ao indivíduo (biológicos e psicológicos), seu ambiente sócio-cultural e a substância psicoativa escolhida mostra que cada indivíduo desenvolve um padrão de consumo, porém, nenhum padrão de consumo é isento de riscos.Podemos dizer que o uso seria qualquer consumo de uma substância, o abuso seria o uso com problemas, sendo nocivo, e a dependência seria o uso compulsivo, com falta de controle e que envolve uma estrutura mais grave.
De acordo com Ribeiro/Laranjeira (2012), a característica essencial do uso nocivo é um padrão mal-adaptativo que acarreta complicações clínicas e psicossociais ao indivíduo de modo recorrente, mas geralmente restritas ao período do consumo. O diagnóstico diferencial em relação a dependência se faz pela ausência de tolerância, e a síndrome de abstinência. O uso nocivo, é na maioria das vezes uma condição transitória, e acontece geralmente com usuários recentes. Além do diagnóstico de dependência ou de uso nocivo , ambos aplicáveis ao consumo de qualquer substância, é preciso avaliar a gravidade desse consumo. Essa análise é de fundamental importância para o planejamento terapêutico.
De acordo com o DSM-IV os critérios que definiriam uso nocivo de substâncias (abuso) seria um padrão mal-adaptativo de uso de substância, manifestado por conseqüências adversas recorrentes e significativas relacionadas ao uso repetido da substância. Pode haver um fracasso repetido em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel, uso repetido em situações nas quais isto apresenta perigo físico, múltiplos problemas legais e problemas sociais e interpessoais recorrentes.
Esses problemas devem acontecer de maneira recorrente, durante o mesmo período de 12 meses. À diferença dos critérios para Dependência de Substância, os critérios para Abuso de Substância não incluem tolerância, abstinência ou um padrão de uso compulsivo, incluindo, ao invés disso, apenas as conseqüências prejudiciais do uso repetido. O DSM-IV coloca que a dependência de substância é definida como um agrupamento de três ou mais dos sintomas relacionados adiante, ocorrendo a qualquer momento, no mesmo período de 12 meses:
Tolerância é a necessidade de crescentes quantidades da substância para atingir a intoxicação (ou o efeito desejado) ou um efeito acentuadamente diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância. O grau em que a tolerância se desenvolve varia imensamente entre as substâncias. A Abstinência é uma alteração comportamental mal-adaptativa, com elementos fisiológicos e cognitivos, que ocorre quando as concentrações de uma substância no sangue e tecidos declinam em um indivíduo que manteve um uso pesado e prolongado da substância. O consumo da substância em maiores quantidades ou por um período mais longo do que de início era pretendido. Frustradas tentativas de interrupção do uso e atividades como trabalhar e estudar são abandonadas por conta da dependência. A questão essencial, ao avaliar este critério, não é a existência do problema, mas o fracasso do indivíduo em abster-se da utilização da substância, apesar de dispor de evidências das dificuldades que esta lhe causa.
Referências
Ribeiro M., Laranjeira R., O tratamento do usuário de crack. 2° Ed.-Porto Alegre:Artmed, 2012.
http://www.scielo.br/pdf/%0D/ramb/v51n3/a13v51n3.pdf (acesso em 10/02/2012).
http://www.scielo.br/pdf/%0D/pe/v11n1/v11n1a10.pdf (acesso em 18/02/2012).
13/02/2012
Tratamento da depressão através dos pontos de acupuntura
Através de pesquisa realizada pelo departamento de Acupuntura e Moxabustão, do Beijing TCM Hospital, filiado à Universidade de Beijin (China), comprovou-se a eficácia do tratamento pela acupuntura à medicação convencional, no efeito curativo da depressão.
A acupuntura é hoje um dos mais importantes instrumentos da medicina moderna, sua eficácia é comprovada através de diversos estudos e pesquisas realizadas por renomadas instituições em todo o mundo. Esta técnica milenar chinesa tem sido muito utilizada para tratar diversos tipos de doenças, inclusive as psiquiátricas em níveis leves e moderados.
Uma das grandes vantagens do tratamento é que, diferente dos medicamentos tradicionais, a técnica não apresenta efeitos colaterais, no entanto deve ser realizada somente por médicos habilitados, esclarece o presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, Hildebrando Sabato.
A Pesquisa
Sessenta casos de depressão (estágio leve) foram divididos, aleatoriamente, em grupos de acupuntura (31 casos) e medicação convencional (29 casos). No grupo de acupuntura, foram selecionados “acupontos”, para obter efeito terapêutico nas condições testadas e no grupo da medicação convencional foram ministradas por via oral, um vez ao dia, cápsulas de cloridato de fluoxetina (20 mg).
Com duração de seis semanas, o tratamento, em ambos os grupos, teve seus efeitos clínicos curativos analisados a cada 15 dias, através da Escala de Hamilton (HAMD), para Avaliação da Depressão e Escala de Asberg. Ao final do tratamento, os resultados indicaram efeitos curativos muito aproximados – 67,7% (21/31) no grupo da acupuntura e 65,5% (19/29) no grupo da medicina convencional. A pontuação HAMD, indicou que diversos sintomas de ansiedades e distúrbios do sono, foram reduzidos significativamente, nos dois grupos, sendo que as pontuações de ansiedade e sono foram superiores no grupo de acupuntura.
Através da pesquisa, concluiu-se que o efeito curativo da depressão com acupuntura é semelhante ao da cápsula de cloridrato de fluoxetina (via oral), enquanto o efeito colateral é mais suave do que a cápsula.
“A acupuntura é um tratamento de estimulação neural, que regula diversas formas de distúrbios depressivos e ansiosos e transtornos psicossomáticos, entre outros. Com isso, os distúrbios depressivos leves e moderados, respondem positivamente ao tratamento por acupuntura. O tempo de tratamento depende do grau da depressão e de suas características peculiares, podendo oscilar de um mês até um ano ou mais”, finaliza Sabato.
Fonte:
CMBA-Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, o órgão oficial da acupuntura médica do país, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Federação Nacional dos Médicos e Comissão Nacional de Residência Médica. Criado em 1984, responde pela Acupuntura frente ao meio médico nacional, às autoridades de saúde e às instituições governamentais. (www.cmba.org.br)
HIPNOSE FORA DO PALCO!
Hipnose fora do palco
Essa prática milenar tem se revelado eficaz no tratamento de problemas físicos e psicológicos e seus benefícios e propriedades têm sido validados por vários estudos científicos, que também buscam entender sua atuação no cérebro.
Por: Isabela Fraga
Publicado em 16/11/2010
Atualizado em 18/11/2010
Diferentemente do que se pensa, a hipnose é um estado de alta concentração mental, em que o indivíduo não perde a consciência e se lembra de tudo o que aconteceu (foto: Alex Eylar / CC BY NC 2.0).
Por séculos associada a shows, mágica e misticismo, a hipnose agora se revela como uma técnica eficaz em variados procedimentos médicos, psicológicos e laboratoriais.
Seja no alívio da dor, no controle de ansiedade e estresse ou no tratamento de fobias e outros problemas psíquicos, os benefícios e propriedades da hipnose têm sido validados por uma série de estudos científicos, que buscam também entender como é sua atuação no cérebro.
A hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisaAinda há muitas questões em aberto, mas uma tendência é clara: a hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa.
Um homem de fraque e bigode balança um relógio de bolso na sua frente, repetindo monotonamente as mesmas frases. “Você está ficando relaxado... Seus olhos estão fechando...”
Em poucos minutos, você imita uma galinha, dança mambo ou faz alguma outra bizarrice na frente de uma enorme plateia – e não se lembra de nada depois. Se é assim a sua imagem da hipnose, você não é o único. A prática milenar ainda tem uma aura mística e é associada por muitos à submissão ao outro.
Nas palavras da psiquiatra e neurocientista Célia Cortez, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atual presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH), a hipnose nada mais é do que “um estado de alta concentração mental, no qual a percepção das sensações sofre alterações em níveis variados, sem que o indivíduo perca a consciência do ‘aqui e agora".
Na prática, isso significa que: não se fica inconsciente, lembra-se de tudo o que aconteceu e, mais importante, não se faz nada que não se faria em estado de alerta.
A ideia de que basta o hipnotista mandar o paciente realizar alguma atividade para ele de fato fazê-la é uma falácia: o senso crítico não desaparece, nem os valores morais e éticos. “A hipnose não é uma atividade autoritária, mas colaborativa”, frisa Cortez.
'Lição clínica no hospital da Salpêtrière', tela de 1887 do pintor francês Pierre-André Brouillet (1857-1914) que retrata uma aula de hipnose.Em um estado de consciência modificado – como é o da hipnose –, também os processos cognitivos são alterados. Por isso, nas últimas décadas, pesquisas científicas têm revelado que essa prática é bastante útil nos mais variados ambientes: médico, psiquiátrico, odontológico e também em salas de cirurgia e laboratórios de pesquisa – neste último, como forma de ajudar a conhecer o cérebro humano. A hipnose é regulamentada pelos conselhos federais de medicina, odontologia e psicologia.
A chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de doresNa psicologia, a hipnose é usada no tratamento de fobias, traumas, ansiedade, depressão, angústia, disfunções sexuais e outros problemas psíquicos.
Na medicina, a chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de dores, principalmente as fibriomiálgicas (musculares) e as causadas por cânceres.
“É um recurso potente para otimizar os efeitos dos medicamentos”, afirma Cortez. No Hospital São Camilo, em São Paulo, por exemplo, a hipnose anestésica já é utilizada para acalmar e sedar pacientes antes de procedimentos e exames que podem causar estresse, como ressonâncias magnéticas.
No entanto, se as aplicações clínicas da hipnose vêm sendo vastamente estudadas há décadas, os processos cerebrais que a envolvem eram um completo mistério. Pesquisas nesse sentido, principalmente nos últimos dez anos, tornaram possível hoje ter uma melhor ideia de quais regiões cerebrais são ativadas e desativadas durante a hipnose.
Assim, confirma-se uma dúvida que ainda pairava mesmo no meio científico e acadêmico: a hipnose, afinal, não é apenas imaginação fértil ou atuação teatral. Ela de fato altera os processos bioquímicos do cérebro.
Essa constatação aponta estudos da neurociência para duas direções principais: a primeira, chamada pesquisa intrínseca, busca entender os mecanismos da hipnose e da sugestão no cérebro para compreender sua atuação.
A segunda, denominada pesquisa instrumental, utiliza a hipnose como uma forma de estudar processos cognitivos específicos, uma vez que o sujeito hipnotizado pode ser sugestionado a ativar áreas isoladas do cérebro.
Essa prática milenar tem se revelado eficaz no tratamento de problemas físicos e psicológicos e seus benefícios e propriedades têm sido validados por vários estudos científicos, que também buscam entender sua atuação no cérebro.
Por: Isabela Fraga
Publicado em 16/11/2010
Atualizado em 18/11/2010
Diferentemente do que se pensa, a hipnose é um estado de alta concentração mental, em que o indivíduo não perde a consciência e se lembra de tudo o que aconteceu (foto: Alex Eylar / CC BY NC 2.0).
Por séculos associada a shows, mágica e misticismo, a hipnose agora se revela como uma técnica eficaz em variados procedimentos médicos, psicológicos e laboratoriais.
Seja no alívio da dor, no controle de ansiedade e estresse ou no tratamento de fobias e outros problemas psíquicos, os benefícios e propriedades da hipnose têm sido validados por uma série de estudos científicos, que buscam também entender como é sua atuação no cérebro.
A hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisaAinda há muitas questões em aberto, mas uma tendência é clara: a hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa.
Um homem de fraque e bigode balança um relógio de bolso na sua frente, repetindo monotonamente as mesmas frases. “Você está ficando relaxado... Seus olhos estão fechando...”
Em poucos minutos, você imita uma galinha, dança mambo ou faz alguma outra bizarrice na frente de uma enorme plateia – e não se lembra de nada depois. Se é assim a sua imagem da hipnose, você não é o único. A prática milenar ainda tem uma aura mística e é associada por muitos à submissão ao outro.
Nas palavras da psiquiatra e neurocientista Célia Cortez, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e atual presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH), a hipnose nada mais é do que “um estado de alta concentração mental, no qual a percepção das sensações sofre alterações em níveis variados, sem que o indivíduo perca a consciência do ‘aqui e agora".
Na prática, isso significa que: não se fica inconsciente, lembra-se de tudo o que aconteceu e, mais importante, não se faz nada que não se faria em estado de alerta.
A ideia de que basta o hipnotista mandar o paciente realizar alguma atividade para ele de fato fazê-la é uma falácia: o senso crítico não desaparece, nem os valores morais e éticos. “A hipnose não é uma atividade autoritária, mas colaborativa”, frisa Cortez.
'Lição clínica no hospital da Salpêtrière', tela de 1887 do pintor francês Pierre-André Brouillet (1857-1914) que retrata uma aula de hipnose.Em um estado de consciência modificado – como é o da hipnose –, também os processos cognitivos são alterados. Por isso, nas últimas décadas, pesquisas científicas têm revelado que essa prática é bastante útil nos mais variados ambientes: médico, psiquiátrico, odontológico e também em salas de cirurgia e laboratórios de pesquisa – neste último, como forma de ajudar a conhecer o cérebro humano. A hipnose é regulamentada pelos conselhos federais de medicina, odontologia e psicologia.
A chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de doresNa psicologia, a hipnose é usada no tratamento de fobias, traumas, ansiedade, depressão, angústia, disfunções sexuais e outros problemas psíquicos.
Na medicina, a chamada hipnose clínica pode ter papel coadjuvante no tratamento de disfunções neuromusculares, doenças autoimunes, psicossomáticas e no alívio de dores, principalmente as fibriomiálgicas (musculares) e as causadas por cânceres.
“É um recurso potente para otimizar os efeitos dos medicamentos”, afirma Cortez. No Hospital São Camilo, em São Paulo, por exemplo, a hipnose anestésica já é utilizada para acalmar e sedar pacientes antes de procedimentos e exames que podem causar estresse, como ressonâncias magnéticas.
No entanto, se as aplicações clínicas da hipnose vêm sendo vastamente estudadas há décadas, os processos cerebrais que a envolvem eram um completo mistério. Pesquisas nesse sentido, principalmente nos últimos dez anos, tornaram possível hoje ter uma melhor ideia de quais regiões cerebrais são ativadas e desativadas durante a hipnose.
Assim, confirma-se uma dúvida que ainda pairava mesmo no meio científico e acadêmico: a hipnose, afinal, não é apenas imaginação fértil ou atuação teatral. Ela de fato altera os processos bioquímicos do cérebro.
Essa constatação aponta estudos da neurociência para duas direções principais: a primeira, chamada pesquisa intrínseca, busca entender os mecanismos da hipnose e da sugestão no cérebro para compreender sua atuação.
A segunda, denominada pesquisa instrumental, utiliza a hipnose como uma forma de estudar processos cognitivos específicos, uma vez que o sujeito hipnotizado pode ser sugestionado a ativar áreas isoladas do cérebro.
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